sábado, 25 de outubro de 2014

Neuroplasticidade: como o cérebro é capaz de mudar

Historicamente, os cientistas sempre acreditavam que, quando uma pessoa atingia sua idade adulta, suas habilidades cognitivas ficavam imutáveis. Porém, desde o início do século XX, essa teoria tem sido contestada a partir de evidências que sugerem que as habilidades do cérebro são, na verdade, maleáveis e plásticas. De acordo com esse princípio da neuroplasticidade, o cérebro muda constantemente em resposta a diversas experiências. Novos comportamentos, novos aprendizados e até mesmo mudanças ambientais ou ferimentos físicos podem estimular o cérebro a criar novos caminhos neurais ou reorganizar os existentes, fundamentalmente alterando como as informações são processadas:

Mapeamento de mudanças nos cérebros de motoristas de táxi Um dos exemplos mais dramáticos da neuroplasticidade em funcionamento vem de um estudo de 2.000 ressonâncias cerebrais em motoristas de táxi de Londres (Maguire et al., 2000). Para obterem uma licença, os motoristas de táxi de Londres geralmente levam dois anos para aprender a navegar pelas ruas tortuosas da cidade. Que tipo de marca, imaginaram os pesquisadores do estudo, esse período longo e rigoroso de treinamento deixaria nos cérebros dos motoristas de táxi? Sob o escrutínio de ressonâncias fMRI, foi revelado que 16 homens motoristas de táxi tinham hipocampos maiores do que um grupo controle de 50 homens saudáveis. E quanto mais tempo eles passavam como motoristas de táxi, maiores tendiam a ser seus hipocampos. Como uma área do cérebro envolvida com memória e navegação, o hipocampo parecia ter mudado em resposta às experiências dos motoristas de táxi. A maioria das ocorrências de mudanças baseadas na neuroplasticidade no cérebro são muito mais sutis, Mas, em décadas recentes, são casos como esse dos motoristas de táxi de Londres que têm inspirado os membros da comunidade científica a buscar a próxima etapa lógica da pesquisa: em vez de aguardar passivamente para ver como o cérebro pode responder às circunstâncias, seria possível direcionar essa capacidade de mudança, visando os aperfeiçoamentos em habilidades específicas?

A ciência do treinamento cognitivo A ciência do treinamento cognitivo procura responder a essa questão. Só em 2013, 30 estudos de treinamento cognitivo foram registrados no banco de dados do governo ClinicalTrials.gov. Os cientistas da Lumosity, com a ajuda de colaboradores externos, contribuem para esse esforço de pesquisa: até agora, 7 estudos avaliados por especialistas foram publicados usando a Lumosity como ferramenta de treinamento cognitivo para diversas populações, inclusive adultos saudáveis, sobreviventes de câncer, pessoas idosas e crianças com alguma desordem genética.

Fonte: Lumosity.

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