quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Consequências dos desenhos animados tipo "Bob Esponja" sobre as mentes infantis


Crianças pequenas que assistem a programas de televisão com ritmo acelerado e com um enredo fantástico – como o desenho Bob Esponja - podem acabar desenvolvendo problemas de aprendizado e de comportamento. É o que afirma um estudo conduzido pela Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, e que será publicado na edição de outubro do periódico médicoPediatrics. Para chegar aos resultados, psicólogos da universidade analisaram crianças de quatro anos imediatamente após elas assistirem a nove minutos de Bob Esponja. Descobriu-se, então, que a função executiva dessas crianças (habilidade de prestar atenção, resolver problemas e de ter um comportamento moderado) havia sido seriamente comprometida, frente às crianças de quatro anos que passaram os nove minutos assistindo a um programa com ritmo mais lento e realista, ou desenhando. De acordo com Angeline Lillard, pesquisadora chefe do estudo e professora na Universidade da Virgínia, pode haver duas razões pelas quais esses programas têm um impacto tão negativo no aprendizado e no comportamento infantil. “É possível que o ritmo acelerado, com personagens em movimento constante, e a fantasia prejudiquem a habilidade que a criança tem de se concentrar”, diz. Segundo ela, uma segunda possibilidade seria que, ao se identificar com os personagens sem foco e frenéticos, a criança acabe por adotar essas características.

Consequências - Para Lillard, os pais devem considerar esses fatores quando forem decidir o que o filho pode ou não assistir. “Programas como o Bob Esponja podem comprometer a capacidade de aprendizagem e de comportamento”, diz. De acordo com a pesquisadora, aos quatro anos as crianças estão numa fase importante do desenvolvimento. Assim, assistir à TV, e suas consequências, podem ter efeitos duradouros – a pesquisa de Lillard, no entanto, estava focada apenas em efeitos imediatos. “Crianças pequenas estão começando a aprender como se comportar e como aprender”, diz. “Na escola, elas devem se comportar adequadamente. Elas precisam se sentar, comer de maneira correta e serem respeitosas. Tudo isso requer funções executivas. Se uma criança assistiu apenas a um programa de TV que prejudicou essas habilidades, não podemos esperar que ela se comporte em seu nível normal em todas as situações do dia”, diz Lillard. A especialista recomenda, então, que os pais usem atividades criativas de aprendizado, como blocos para construção e jogos de tabuleiro. “A função executiva é extremamente importante para o sucesso da criança na escola e na rotina”, diz Lillard. “É importante para sua saúde mental e física.”

Fonte: Veja.

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